Ensino de Sociologia

Licenciatura em Ciências Sociais e Sociologia no Ensino Médio
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A educação e o segundo turno

outubro 29, 2010 By: polart Category: notícia

A educação e o segundo turno

ANTONIO MATIAS


Os dois candidatos têm se empenhado em reafirmar a importância do investimento em educação, mas o tema não teve tratamento adequado


Antes do início da campanha eleitoral, pesquisas apontavam a educação como uma das principais preocupações da sociedade.
No embalo do crescimento econômico e em meio aos desafios de gerar mão de obra qualificada para o Brasil continuar avançando, o tema figurava como fundamental para balizar a decisão do eleitorado. O eleitor tem o direito e o dever de ir às urnas sabendo com exatidão os planos dos candidatos para a melhoria do ensino.
Há uma evidente qualidade dos educadores que participam da formulação dos planos de governo dos postulantes ao Planalto, e os candidatos têm se empenhado em reafirmar a importância do investimento em educação, mas o assunto não recebeu o tratamento adequado durante a campanha.
Desde o primeiro turno, assistimos ao esboço da ideia -boa, diga-se de passagem- de fortalecer a rede de ensino técnico. A promessa de abrir vagas para os filhos da classe média ascendente para dar-lhes uma formação é, de fato, oportuna. Temos que preparar novos contingentes de técnicos e dar capacitação profissional para os jovens. Isso ninguém contesta.
O problema é que a ferida da educação vai além dos desafios do ensino profissionalizante. Há questões fundamentais a resolver.
O Brasil não conta com educação de qualidade na base; este é o desafio que o novo presidente terá que enfrentar se quisermos equacionar o desequilíbrio estrutural nas próximas décadas.
Nossas fragilidades são muitas. Só para exemplificar, metade dos jovens de 15 a 17 anos está no ensino médio, nível adequado para tal faixa etária. Outros 15% dessa faixa ficaram fora da escola em 2009. O percentual de estudantes com conhecimento adequado a sua respectiva série é de baixíssimos 11%.
Como faremos o treinamento profissional desses estudantes se lhes faltam conhecimentos básicos? O dilema da educação é crucial e deve abranger todas as fases do aprendizado. É certo que melhoramos em alguns indicadores, como na universalização do ensino. É certo, também, que estamos melhorando no ensino básico, embora não no ritmo desejável.
Mas há lacunas enormes a serem tratadas. Faltam escolas e precisamos melhorar a capacitação e motivar os professores. Faltam investimentos, uma política de remuneração adequada e o compromisso com indicadores de melhoria.
Falta, enfim, uma política definitiva para sanar a dívida social nos bancos escolares do ensino fundamental e do ensino médio.
Tradicionalmente, a educação, assim como a saúde, entra nos discursos dos políticos em época de campanha com a mesma facilidade com que sai das prioridades de governo no dia da posse.
Mas, ao contrário de pleitos anteriores, não podemos deixar que essa máxima brasileira encontre espaço para reincidência, sob pena de perdermos a oportunidade de ver o Brasil crescer de forma sustentável nos próximos anos.
O presidente que emergir das urnas neste domingo terá que dar respostas efetivas aos dilemas da educação. Esta deverá ser uma preocupação permanente daquele que vier a ocupar o posto mais importante do país a partir de 2011. E, neste caso, não haverá espaço para tergiversação.


ANTONIO MATIAS é vice-presidente da Fundação Itaú Social e membro do conselho de governança do movimento Todos pela Educação e do conselho de orientação estratégica do Ceats – Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor da USP.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2910201008.htm

Todos pela educação

outubro 18, 2010 By: polart Category: artigo, controversia, notícia

Pessoal saiu no caderno OPINIÃO da Folha de hoje, 18/10/2010 e achei interessante compartilhar este ponto de vista.

RICARDO YOUNG

Todos pela educação

Este é o nome de um movimento da sociedade civil, do qual participo, que tem por objetivo contribuir para que todas as crianças e jovens brasileiros tenham acesso à educação pública de qualidade.
Este movimento se torna ainda mais fundamental depois que pesquisa do Ipea dá conta de que a população brasileira passará por um envelhecimento rápido nos próximos 20 anos. Ao analisar dados sobre fecundidade e mortalidade, o Ipea estima que, a partir de 2030, só os grupos acima de 45 anos é que vão apresentar crescimento.
Em comparação com a Europa, único continente a enfrentar esse problema até agora, o movimento de passagem está acontecendo numa velocidade acelerada, exigindo atenção total dos políticos, do mercado e da sociedade para os impactos da mudança nas políticas públicas, no consumo e na vida de cada um.
Um país com população “mais velha” precisa de políticas públicas de renda e saúde abrangentes e efetivas para compensar a perda da capacidade de trabalho, além de fortes investimentos em habitação, infraestrutura e acessibilidade em focos diferentes dos que são feitos hoje, porque as necessidades serão diferentes.
Quem vai pagar esta conta?
De onde sairá o dinheiro para as aposentadorias que garantam dignidade a estes brasileiros? O Brasil ainda vive um período de bônus demográfico, no qual há um contingente de população em idade ativa maior do que o de idosos e crianças. Este período deve durar mais uns 20 anos. Em condições normais, seria uma bênção. Mas, por não estarmos preparados, teremos um ônus difícil de ser superado, pois as pessoas em idade ativa hoje têm baixa escolaridade e quase 50% da população entre 15 e 19 anos não tem acesso ao ensino médio público.
Daqui a 20 anos, a população ativa hoje será a aposentada. Se neste período não realizarmos uma verdadeira revolução educacional que prepare de fato as pessoas para um mercado de trabalho cada vez mais exigente, não seremos um país sustentável, pois a renda dos cidadãos ativos não suportará as necessidades básicas da população.
Na Europa, as aposentadorias são garantidas por uma população economicamente ativa altamente educada e capacitada, que ocupa postos de trabalho complexos com salários sobre os quais incide uma porcentagem que forma a poupança que paga as aposentadorias. Estes profissionais passaram por escolas, públicas na maioria, de alto nível. Por isso os salários melhores garantem uma população de “pirâmide invertida”, mais idosos do que jovens.
É absolutamente urgente que sejamos todos radicalmente pela educação pública de qualidade, hoje. Esse é o compromisso que devemos cobrar dos políticos. A viabilidade do país depende disso.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1810201006.htm

SP exige teste de câncer de novos professores

outubro 16, 2010 By: polart Category: notícia

15 de outubro de 2010 | 23h33 |

Isis Brum
Marici Capitelli

Professores que se candidataram a uma das 10 mil vagas para docente efetivo na rede estadual de ensino terão de apresentar laudos de exames oncológicos e de voz antes mesmo de saberem se serão convocados para trabalhar. É a primeira vez que isso ocorre num concurso do gênero, segundo a Apeoesp, sindicato da categoria.

O diagnóstico de 13 exames laboratoriais deverão ser encaminhados à perícia já neste mês, enquanto passam pelo curso de formação específica do magistério – uma novidade nos concursos para professores, posta em prática pela primeira vez neste ano.

Caso não apresente os laudos, o candidato poderá ser considerado inapto na perícia médica assim e eliminado da disputa. A Secretaria de Estado da Educação (SEE) informa que os pedidos estão dentro da lei e que os laudos não são classificatórios. Mas não esclareceu se um docente com câncer diagnosticado pode deixar de ser efetivado por esse motivo.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/sp-exige-teste-de-cancer-de-novos-professores/

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SP dá 92 licenças por dia para docente com problema emocional

outubro 16, 2010 By: polart Category: notícia

11/10/2010  – 10h27

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

Leonor, 58, professora do 3º ano do fundamental, passou a ter crises nervosas durante as aulas. Várias vezes gritou com os alunos e chorou em plena sala. Ficava tão nervosa que arrancava os cílios com as próprias mãos e mordia a boca até sangrar.

Ela procurou ajuda médica e hoje está de licença. Casos como o dela são comuns entre professores.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/812928-sp-da-92-licencas-por-dia-para-docente-com-problema-emocional.shtml

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Brasil fica entre os piores em ranking de salas de aula lotadas

outubro 16, 2010 By: polart Category: notícia

16/10/2010 – 09h25

FÁBIO TAKAHASHI
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

As turmas de ensino fundamental do Brasil têm, em média, seis alunos a mais do que as de nações desenvolvidas. A notícia positiva é que a situação do país melhorou.

A conclusão está presente na edição 2010 de um estudo anual da OCDE, organização que reúne países desenvolvidos. A entidade analisou a situação educacional de 39 países, incluindo convidados como Brasil e Rússia.

Nas classes de 5º a 9º ano das escolas brasileiras há, em média, 30 alunos. Nos demais países analisados, 24.

Rússia e Eslovênia, por exemplo, estão na casa dos 20 estudantes por turma.

Classes mais numerosas prejudicam a qualidade de ensino, pois os professores têm mais dificuldade para saber as deficiências individuais dos alunos, dizem educadores ouvidos pela Folha.

A situação do Brasil é um pouco melhor nos anos iniciais do ensino fundamental (1º a 5º ano), onde há, em média, 25 alunos por sala. No grupo analisado, são 21. Os dados são de 2008 e consideram rede pública e privada.

O relatório destaca ainda que o tamanho das turmas no Brasil diminuiu em relação a 2000, quando no primeiro ciclo havia um estudante a mais por turma e, no ciclo final, quatro a mais.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/815550-brasil-fica-entre-os-piores-em-ranking-de-salas-de-aula-lotadas.shtml

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Magistério tem dificuldade de atrair jovens talentos para a carreira

outubro 16, 2010 By: polart Category: notícia

15/10/2010 – 10h06

DA AGÊNCIA BRASIL

Quase 2 milhões de professores trabalham nas salas de aulas de escolas públicas e particulares de educação básica no país. Se a profissão já teve grande importância no passado, hoje é difícil atrair jovens talentos para a carreira, avaliam especialistas no Dia do Professor, comemorado hoje. Os alunos que entram nos cursos de pedagogia são, em geral, aqueles com baixo desempenho no vestibular ou no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/814996-magisterio-tem-dificuldade-de-atrair-jovens-talentos-para-a-carreira.shtml

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Universalizar educação básica requer 1,9 milhão de novos professores até 2015, estima Unesco

outubro 06, 2010 By: polart Category: notícia

Até 2015, 99 países vão precisar de mais 1,9 milhão de professores em sala de aula para conseguir universalizar a educação básica. Mais da metade desses profissionais precisarão ser contratados apenas na África Subsaariana. A estimativa é da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que criou o Dia Mundial do Professor, comemorado hoje (5), para lembrar a importância desse profissional.

O tema das comemorações deste ano é A Reconstrução Começa pelos Professores. A intenção é destacar o papel crucial que os educadores desempenham em áreas que estão em situação de emergência, em momentos pós-conflitos e de crise social, econômica ou humanitária.

Além da África Subsaariana, a Unesco alerta que países de outras regiões deverão enfrentar um déficit de professores em função do aumento do número de estudantes. Entre elas estão a Europa Oriental, América do Norte, as regiões Sul e Oriental da Ásia e os estados árabes. A entidade não tem dados sobre o Brasil.

A Unesco vai realizar diversos eventos em todo o mundo para lembrar a data. Um deles é uma exposição virtual em homenagem aos professores que está disponível no site da entidadeem três línguas.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/10/05/universalizar-educacao-basica-requer-19-milhao-de-novos-professores-ate-2015-estima-unesco.jhtm

Palestra – Universidade Pública: o desafio da permanência

outubro 05, 2010 By: polart Category: evento

Palestra com o pesquisador Wilson Almeida Mesquita

6 de outubro de 2010, das 18hs às 19:30 hs.

Sala 8, Unidade I.

“Alunos com desvantagens econômicas e educacionais enfrentam muitas dificuldades para entrar em universidades públicas, cujas vagas são mais disputadas e exigem uma preparação pedagógica maior. Mas entrar é apenas o primeiro desafio. Conciliar o tempo de estudo com o trabalho e vencer a distância entre a universidade e o bairro em que moram os impedem de usufruir os espaços (biblioteca, laboratórios, exposições e eventos culturais, por exemplo) e as oportunidades oferecidas na universidade” […] (artigo completo na Revista Pesquisa Fapesp).

Texto do autor apresentando algumas das questões que serão abordadas na palestra está disponível em PDF no link: Wilson-Mesquita-Desigualdade-Permanencia-Universidade

Organização: Projeto de Monitoria “Ciências Sociais, Linguagens e Tecnologias”.

Escolas e colegas são hostis a alunos e alunas homossexuais, aponta pesquisa

outubro 05, 2010 By: polart Category: notícia

Escolas e colegas são hostis a alunos e alunas homossexuais, aponta pesquisa
Isabela Vieira
Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro

As escolas brasileiras são hostis aos homossexuais e o tema da sexualidade continua sendo pouco discutido nas salas de aula. Essas são as principais constatações da pesquisa Homofobia nas Escolas, realizada em 11 capitais brasileiras pela organização não governamental Reprolatina, com apoio do Ministério da Educação.

“A homofobia é negada pelo discurso de que não existem estudantes LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e travestis] na escola. Mas quando a gente ia conversar com os estudantes, a percepção, em relação aos colegas LGBT, era outra”, contou uma das pesquisadoras, Magda Chinaglia.

Parte dos dados, com destaque sobre a situação na cidade do Rio, foi divulgada hoje (4), na própria capital. Os dados completos, com informações sobre a visita a 44 escolas de todas as regiões do país e trechos de 236 entrevistas feitas com professores, coordenadores de ensino, alunos do 6º ao 9º ano, além de funcionários da rede, devem ser divulgados até o final do ano.

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Atenção: novas diretrizes para o ensino médio brasileiro

outubro 02, 2010 By: polart Category: controversia, legislação

Que ensino médio queremos?

Que modificações você sugere para as diretrizes curriculares do ensino médio?

Está novamente em discussão as diretrizes para o ensino médio brasileiro. Leia a matéria abaixo para obter mais informações sobre as propostas que estão sendo discutidas. Em anexo, disponibilizamos o texto base que será analisado nesta segunda-feira pelo Conselho Nacional de Educação (CNE): Nova-DCNs-Ensino-Medio-2010

Correio Braziliense – 29 de setembro de 2010

Educar para o futuro: *CNE discute as novas diretrizes do ensino médio*

*Larissa Leite* * Daniel Ferreira/CB/D.A Press *

*Os alunos Lorena, Almir e Geronilson têm educação ambiental no currículo: mais assuntos e mais seriedade*

*O objetivo não é apenas reforçar os tradicionais conteúdos dos vestibulares, mas também ampliar o leque de possibilidades dos alunos, com preparação profissional e formação ética*

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