Ensino de Sociologia

Licenciatura em Ciências Sociais e Sociologia no Ensino Médio
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Archive for the ‘entrevista’

Entrevista Bernard Charlot – Escola para todos

março 23, 2015 By: polart Category: entrevista

Pesquisador francês radicado no Brasil, Bernard Charlot aponta caminhos para atrair o interesse dos alunos mais pobres para a escola, valorizá-los e contornar a violência
por Marina Almeida

Para o professor, contradição entre novas formas de ensinar e organização tradicional da escola condenam tentativas de mudança

Docente aposentado da Universidade de Paris VIII, Bernard Charlot é professor visitante da Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde vive atualmente. O pesquisador, que também foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, estuda as relações do saber com a escola, sobretudo dos alunos das classes populares, para entender o que leva ao sucesso ou ao fracasso escolar. Na entrevista a seguir, concedida à editora Marina Almeida, ele conta como a escola pública pode atrair o interesse dos alunos de menor nível socioeconômico e lidar com questões complexas que invadem as fronteiras da instituição, como a violência. Charlot alerta para o risco de a escola cair numa pedagogia para pobres e conta sobre suas pesquisas com jovens sergipanos, entre os quais, ainda que tenha peso, a classe social não é determinante para seu futuro escolar.
O senhor defende que a escola não seja voltada para o trabalho, mas esse costuma ser usado como o principal atrativo do estudo, principalmente nas regiões mais pobres. Como, então, interessar os alunos?
Quero que meus filhos sejam felizes e inteligentes, mas também que sejam aprovados no vestibular. O problema é quando é apenas esse o objetivo da escola. Nos bairros populares o aluno nem sabe o que é vestibular, mas quer um emprego. Precisamos buscar o prazer de estudar, não só passar de ano e ter um bom emprego no futuro. Isso é importante também, mas ao visar só isso, eles não vão ser aprovados nem ter bons empregos mais tarde. O que me preocupa é corrermos o risco de fazer uma pedagogia para os pobres: já que têm tanta dificuldade para escrever, o professor nem pede que o façam ou não cobra muito deles, pois suas vidas já são tão difíceis.  Assim nunca vão aprender e não exigir mais deles é desprezo, e os alunos percebem. Eles querem um professor exigente, mas que os ajude muito a superar suas dificuldades. Também não devemos mudar os conteúdos, se o aluno tem muita dificuldade em matemática, o professor ensina a cozinhar ou a montar uma bicicleta. Isso é desprezo também. Precisamos desconfiar da nossa tentação de fazer uma pedagogia para pobres, que é uma pobre pedagogia e não resolve.
Como diminuir os altos índices de abandono e evasão escolar que temos no Brasil?
Falamos em evasão, mas a escola é uma prisão, da qual se evade? Às vezes há adolescentes que deixam os estudos porque arranjaram um emprego ou adolescentes que engravidaram. Minha resposta é que eles nunca entraram na escola. Fisicamente estavam lá, mas não entenderam esse mundo estranho em que quem sabe pergunta a quem não sabe. Minha resposta para trazê-los real­mente para a escola é o que chamo de equação pedagógica: aprender é igual a: atividade intelectual mais sentido mais prazer. Sem entrar na discussão de teorias de ensino, só aprende quem estuda, mas só vai fazer isso quem encontra um sentido e uma forma de prazer nessa ação. Não é um prazer imediatista, é como um esporte, que pode ser prazeroso, apesar do esforço que exige. O que é chato é fazer uma coisa sem sentido. Digo aos professores que esqueçam as diferenças teóricas e busquem algo que os estimule, de que gostem, porque o desejo é contagioso. Precisamos de mais professores de perguntas que de respostas, que são importantes também, mas não apenas elas. É preciso fazer nascer novas formas de interrogar ao mundo e a si mesmo
As teorias de ensino não devem ser levadas em conta?
Precisamos parar com esse faz de conta de dizer ao professor que siga uma pedagogia construtivista, ativa, utilize a internet, faça pesquisas, trabalhos de grupo, sem mudar nada na estrutura da escola. É impossível fazer tudo isso e depois de 50 minutos passar a sala para outro. O universo escolar continua sendo aquele organizado nos séculos 16 e 17, principalmente pelos jesuítas: tempo, espaço e atividades fragmentadas com avaliações individuais. O professor vive situações contraditórias, dá uma aula mais tradicional, tentando abrir mais ou menos parênteses de tipo construtivista e adotando um discurso construtivista para não ter problemas. Há uma contradição entre a gestão – que precisa organizar, avaliar – e o ato de aprendizagem, que é uma forma de aventura instigada pelo desejo. Sem ele, ninguém aprende, mas não é possível racionalizá-lo. O gestor precisa abrir espaços para que isso aconteça ou o que prevalecerá são as chamadas “estratégias de sobrevivência” do professor, que podem estar no uso da autoridade, na tentativa de ser amigo dos alunos, de criticar a diretora… O aluno também faz isso, tenta dificultar que o professor avance nos conteúdos para estudar menos. Quando há uma gestão cega, essas estratégias prevalecem. Dizem que o professor resiste às mudanças, geralmente isso acontece quando ele as adapta às suas antigas estratégias de sobrevivência; é preciso oferecer a eles outras formas, para não ser preciso recuperar as antigas.
Como a avaliação pode abarcar essas questões?
A avaliação não é uma armadilha para hierarquizar, mas para reforçar o que os alunos precisam aprender. Ensino noções de sociologia para estudantes de arte e dança na UFS, o que não é muito simples. Na primeira vez, fiz uma avaliação escrita e foi uma catástrofe. Agora eu organizo a cola. Digo quais questões vão ser abordadas – tudo que é mais importante que saibam -, eles estudam, tiram as dúvidas comigo e vão bem.  Também fazem uma apresentação de teatro e dança em cima dos conceitos estudados, onde o que importa é o trabalho coletivo. Avaliação é parte do ato pedagógico. Nossa sociedade quer alunos criativos, contestadores, que trabalhem em grupo, mas a nota tem de ser individual; é outra contradição.
E quanto às avaliações em larga escala – nacional, estaduais ou municipais das redes? São importantes para esse modelo de escola?
Como os dirigentes não podem definir tudo, dão mais autonomia ao professor, que é responsabilizado cada vez mais pelos resultados. É um presente de grego. Com todas essas contradições do ensino, os resultados nem sempre aparecem e, para incentivá-los, criam-se políticas de pagar mais a quem dá mais resultados. De certa forma é justiça, há professores mais interessados e dedicados que outros, mas as pesquisas mostram que isso não traz melhoras para o ensino, mas traz mais tensão para dentro da escola. As políticas reguladoras devem definir as diretrizes fundamentais da escola e depois é preciso apostar na autonomia.
Por outro lado, os materiais didáticos, que são muito adotados nas redes, reduzem essa autonomia.
Claro, mas não funciona, ainda que às vezes dê essa ilusão. Se a escola ensina a colocar um x na casinha, o aluno aprende a fazer isso na prova, mas não sabe mais nada. O gestor quer domínio do processo e transparência – e as apostilas dão isso, são muito detalhadas -, mas essa não é a lógica do ato de formação, e sim a da mobilização pessoal, do professor e do aluno.
Precisamos repensar o currículo brasileiro? Ainda estamos muito focados no vestibular?
Precisamos discutir três tipos de programas: o oficial, o que o professor ensina e o que o aluno aprende. Muitas vezes os educadores nem conhecem o oficial e se baseiam no programa do livro didático, que traz mais conteúdos para parecer mais completo, mas que, por conta de sua extensão, é difícil de ser cumprido. Defendo que aliviemos o programa oficial e aumentemos o programa realmente estudado pelos alunos. Vestibular é uma catástrofe histórica, surgiu na ditadura militar quando a classe média começou a reclamar que não havia vagas para seus filhos na universidade. O modelo, importado dos Estados Unidos, veio da medicina, em que conhecimentos factuais, de anatomia, por exemplo, são fundamentais. Mas aqui esse modelo funciona em tudo, até sociologia, história. Por outro lado, como fazer uma avaliação para os milhões de alunos brasileiros? A política de substituição do vestibular pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi muito corajosa, porque além das  enormes dimensões do país, há uma cultura de bandidagem – o roubo das provas foi um crime social. Na França há um modelo semelhante para cerca de 800 mil alunos, a estrutura é profissional, são dezenas de anos de experiência e às vezes há quem tente burlá-lo também. Fazer um exame desse porte no Brasil é uma aposta no futuro, porque ao definir a saída do ensino médio, definimos ao mesmo tempo como será essa etapa, como será o fundamental, que dá acesso a ela, e quem vai ingressar no ensino superior. Hoje essa é a chave do sistema escolar brasileiro. Também precisamos fazer um Enem mais inteligente, que avalie a criatividade e a capacidade de exprimir ideias.
Como falar do prazer de aprender em escolas onde há violência, com alunos e professores se defendendo uns dos outros?
Hoje não se respeita mais a soleira simbólica que barrava certas situações na escola ao indicar a especificidade daquele espaço. Vivemos numa sociedade de consumo e legitimação do desejo, portanto a autoridade não funciona mais. A escola é a esperança fundamental dos pobres, que têm poucas opções. Portanto, quando ficam desesperançados dessa instituição, têm uma imagem negativa da vida e de si mesmos, os alunos praticam atos violentos e entram nas drogas. São formas de recusar a sociedade em que vivem. O professor não pode fazer milagres cotidianos, mas pode oferecer uma outra forma de aventura, de valorização. É a única saída nesse tipo de escola. Às vezes o cinema mostra isso, o trabalho com arte, por exemplo, entra numa outra lógica, a do sentido. E muitas vezes esses professores e diretores extraordinários têm um senso de humor muito forte, que permite a eles entenderem outras lógicas.
Como deve ser a participação da família na escola?
A colaboração dos pais deve acontecer no incentivo aos filhos para frequentar as aulas não só para ser alguém na vida. Pode ter esse discurso, mas ele é complementar. O importante é mostrar que a escola permite entender o mundo, obter prazer, saber o que foi feito nas gerações anteriores. Geralmente as reuniões na escola são propaganda, dizem que no final os pais vão poder perguntar, mas aí eles já foram embora. Eu mesmo sou o primeiro a ir, porque essa postura já demonstra que a voz da família será mínima. Quem tem competência para ensinar é o professor, ele precisa entender que a família tem ainda mais problemas que a escola: os pais trabalham, não têm muito tempo para cuidar da criança, que fica sozinha com televisão e internet. Se a escola só pode ensinar os alunos quando a família já fez muito, claro que o resultado vai depender do nível socioeconômico.
A classe social influência?
Há uma correlação estatística entre classe social e desempenho escolar, mas não é uma causalidade, não podemos produzir um determinismo sociológico que condene os alunos pobres. Fiz uma pesquisa na Universidade Federal de Sergipe que mostrou que 50 alunos de 2.014 aprovados eram filhos de pai e mãe analfabetos. Apesar de tudo, entraram numa universidade federal, onde há alunos filhos de médicos e advogados que fracassam. Estudamos por causa do sentido que damos a isso em nossa história pessoal. Quando o professor diz a um aluno ‘você não vai fazer nada na vida’, há os que desistem e os que trabalham para provar o contrário a ele. Não é natureza, nem condição social, é a história individual e singular de cada um. Seja qual for a condição social do aluno, ele também pode estudar. O efeito do que acontece na família depende do que acontece na escola e vice-versa. É um processo em que atuam várias dimensões, há uma responsabilidade compartilhada em que cada um tem de fazer seu trabalho. Não é um problema de culpabilidade, mas de responsabilidade.

‘Nota mais alta não é educação melhor’ Diane Ravitch, ex-secretária-adjunta de Educação dos EUA

novembro 09, 2011 By: polart Category: entrevista

Entrevista publicada no Estado de Sao Paulo:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,nota-mais-alta-nao-e-educacao-melhor,589143,0.htm

Mais fontes: há uma entrevista em video em inglês com Diane Ravitch no site do Democracy Now:

http://www.democracynow.org/2010/3/5/protests

Erro. Ênfase em responsabilização de professor é danosa para a educação, afirma Diane

Uma das principais defensoras da reforma educacional americana – baseada em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas – mudou de ideia. Após 20 anos defendendo um modelo que serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil, Diane Ravitch diz que, em vez de melhorar a educação, o sistema em vigor nos Estados Unidos está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação.

Secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação na administração de George Bush, Diane foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para assumir o National Assessment Governing Board, instituto responsável pelos testes federais. Ajudou a implementar os programas No Child Left Behind e Accountability, que tinham como proposta usar práticas corporativas, baseadas em medição e mérito, para melhorar a educação.

Suas revisão de conceitos foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos. Leia entrevista concedida por Diane ao Estado.

Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana?

Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo.

Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability?

O No Child Left Behind não funcionou por muitos motivos. Primeiro, porque ele estabeleceu um objetivo utópico de ter 100% dos estudantes com proficiência até 2014. Qualquer professor poderia dizer que isso não aconteceria – e não aconteceu. Segundo, os Estados acabaram diminuindo suas exigências e rebaixando seus padrões para tentar atingir esse objetivo utópico. O terceiro ponto é que escolas estão sendo fechadas porque não atingiram a meta. Então, a legislação estava errada, porque apostou numa estratégia de avaliações e responsabilização, que levou a alguns tipos de trapaças, manobras para driblar o sistema e outros tipos de esforços duvidosos para alcançar um objetivo que jamais seria atingido. Isso também levou a uma redução do currículo, associado a recompensas e punições em avaliações de habilidades básicas em leitura e matemática. No fim, essa mistura resultou numa lei ruim, porque pune escolas, diretores e professores que não atingem as pontuações mínimas.

Qual é o papel das avaliações na educação? Em que elas contribuem? Quais são as limitações?

Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações. Testes devem ser usados com sabedoria, apenas para dar um retrato da educação, para dar uma informação. Qualquer medição fica corrompida quando se envolve outras coisas num teste.

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Entrevista sobre impacto das avaliações na educação

outubro 17, 2011 By: polart Category: entrevista

fonte:Folha de S.Paulo, 17/10/2011, Entrevista da Semana: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saber/sb1710201104.htm

Ênfase em testes empobrece a qualidade da educação, diz Nobel

PARA ECONOMISTA AMERICANO, ESCOLAS ESTÃO DEIXANDO DE TRABALHAR HABILIDADES COMO MOTIVAÇÃO, CONTROLE EMOCIONAL E INTERAÇÃO SOCIAL
ANTÔNIO GOIS
DO RIO

Pressionadas pela cobrança de resultados em testes que medem o desempenho de alunos em leitura e matemática, as escolas estão cada vez mais negligenciando outras disciplinas e aspectos da formação igualmente importantes para explicar o sucesso na vida adulta. Essa crítica não é feita por alguém avesso a avaliações. Pelo contrário. O autor é o professor da Universidade de Chicago James Heckman, 67.
Ele ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 2000 justamente por sua contribuição na criação de métodos estatísticos que ajudaram a medir com mais precisão o impacto de políticas públicas. Seus estudos mostram que intervenções de qualidade que beneficiam crianças de famílias pobres desde a primeira infância têm impactos duradouros na vida adulta.
Os impactos mais significativos, porém, não são medidos em testes de matemática ou linguagem. São, principalmente, o que chama de habilidades não cognitivas, como motivação, controle emocional, disciplina ou capacidade de interação social.
Essas são características que também devem ser trabalhadas pela escola e que têm impacto significativo em fatores com renda futura, envolvimento em crimes, gravidez precoce e outros apontados em seus estudos.
Alguns deles foram feitos com o economista brasileiro Rodrigo Pinto, doutorando da Universidade de Chicago que participou da entrevista.
Heckman estará em São Paulo na semana que vem para o seminário Educação para o Século 21, promovido pelo Instituto Ayrton Senna. Leia trechos da entrevista feita por telefone à Folha.

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Arte e política da educação – Por Ana Paula Conde

maio 07, 2010 By: polart Category: entrevista, notícia

Arte e política da educação
Por Ana Paula Conde

“Dar aulas é um dos atos políticos mais poderosos que existem”, diz o professor e pintor Charles Watson, que há mais de 30 anos dá cursos no Parque Lage, no Rio

Quando resolveu parar de praticar boxe, Charles Watson procurou o chefe do clube para comunicar a decisão. Para sua surpresa, o homem não tentou reverter a situação, talvez percebendo que o ringue não daria futuro ao jovem. Antes de encerrar a conversa, falou: “Aceito que você pare de lutar, mas não que pare de incentivar os outros lutadores”.

O episódio foi revivido durante uma conversa com o curador Paulo Herkenhoff sobre metodologia de ensino, em um vernissage, e relembrado na entrevista abaixo, realizada com Watson, professor da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Ele nasceu na Escócia, em 1951,estudou na Bath Academy of Arts, na Inglaterra, de 1970 a 1974, e chegou ao Brasil em 1975, após ser convidado pelo então curador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Roberto Pontual, para uma residência no país. Em 1979, deu seu primeiro curso na EAV e não parou mais.

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Educação e Desenvolvimento Local

dezembro 22, 2009 By: polart Category: entrevista

Experiências na zona Leste de São Paulo que estão articulando, através de projetos em escolas, educação e desenvolvimento local (participação política, gestão democrática, economia solidária, educação, meio ambiente).

(1) Projeto envolve comunidade em discussão sobre desenvolvimento local e educação

(2) Desenvolvimento local: educação deve se articular com outras políticas públicas

Pesquisa sobre recrutamento de jovens para o tráfico

dezembro 21, 2009 By: polart Category: entrevista

Entrevista com Cientista Social, Silvia Ramos, sobre modos de participação e recrutamento de jovens no tráfico.

Fonte: UOL

Sexo e poder são os principais atrativos para recrutamento de jovens para o tráfico

Marina Lemle, Especial para o UOL Notícias, No Rio de Janeiro

A sensação do poder armado e a conseqüente facilidade de conquistar mulheres são os grandes estímulos que levam crianças, adolescentes e jovens a entrarem para o tráfico, já que a atividade não rende mais financeiramente o que rendia há alguns anos. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa “Meninos do Rio: jovens, violência armada e polícia nas favelas cariocas”, lançada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. O estudo foi promovido pelo Unicef e coordenado pela cientista social Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes.

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Profissão Professor: desafios e transformações atuais

novembro 15, 2009 By: polart Category: entrevista

Professora de sociologia da educação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Aparecida Neri de Souza tem centrado suas pesquisas nas implicações sociais decorrentes daquilo que se vem batizando de modernização das relações de trabalho e suas consequências no campo da educação.

Para a coordenadora do grupo de estudos “Qual é o sentido social da modernização no trabalho?” e pós-doutora pelo Laboratório do Trabalho e Mobilidades da Universidade de Paris 10, é preciso haver uma maior definição sobre o que é o campo docente. Sugestionada por uma questão debatida na mesa-redonda sobre as condições de trabalho e as faltas dos professores, organizada pela ONG Ação Educativa no Dia dos Professores, Aparecida crê que a definição de um currículo comum para a Educação Básica não só não retiraria a autonomia docente como ajudaria a ter claro o que é necessário para o seu exercício. E se mostra incomodada com a persistência da figura do professor leigo. “Não há médico ou engenheiro leigos”, diz. Leia a seguir a entrevista concedida ao editor Rubem Barros logo após o evento de 15 de outubro.

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